VÍDEO: Gaeco deixa escritório de ex-secretário com malotes de documentos

Ex-secretário e esposa seguem prestando depoimentos


Midiamax

Depois de quatro horas em frente ao escritório de André Scaff, integrantes da força-tarefa do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) deixaram o prédio portando malotes ao meio-dia desta terça-feira (20), em companhia do promotor de Justiça Thales Franklin Souza, que trabalha junto ao Grupo. O promotor não quis se pronunciar.

André Scaff, procurador-geral da Câmara Municipal de Campo Grande e ex-titular da Seplanfic (Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Controle), teve a prisão decretada na segunda fase da Operação Midas, deflagrada nesta manhã pelo Gaeco.

Uma viatura do Grupo permaneceu todo o tempo em frente ao escritório. Antes da força-tarefa toda ir embora definitivamente, dois policiais chegaram a sair do prédio carregando documentos e pastas do local. Um outro homem, que não quis se identificar teve acesso ao prédio e conversou com os policiais, mas também deixou o local.

Outros dois homens e uma mulher deixaram o prédio ao meio-dia, desacompanhados dos policiais, e foram embora de carro. Veja no VÍDEO abaixo o momento em que os policiais deixam o prédio.

Pela manhã, uma cliente chegou no local e ligou no interfone do escritório, mas foi impedida de entrar. Os policiais explicaram que a entrada dos clientes está proibida enquanto a força-tarefa atua no local.

Operação Midas

O procurador- geral da Câmara Municipal e a esposa, Karina Campos Scaff, foram presos na manhã desta terça-feira na operação do Gaeco. Ambos estão na sede do Grupo prestando depoimento e depois devem seguir para uma cela, ainda não informada pelo Ministério Público.

Segundo informações do MPE-MS, 22 pessoas serão convocadas a prestar depoimento. Entre eles, advogados e vereadores. O Gaeco solicitou a condução coercitiva dos mesmos para depor, mas o pedido foi negado pela Justiça. A operação teria sido motivada por suspeitas de irregularidades em contratações com o poder público.

O advogado do casal, José Vanderlei Bezerra Alves afirmou apenas que vai estudar o caso para tentar a soltura de ambos ainda hoje. Por volta das 8h30, o advogado Gustavo Marques chegou ao local com uma procuração para fazer cópia dos autos da operação.

Ambos dizem não saber o motivo da prisão, mas afirmam não ter a ver com a Câmara Municipal e nem com os vereadores de Campo Grande. Entretanto, a ação tem a ver com a operação do dia 19 de maio deste ano, deflagrada também pelo Gaeco.

Na ocasião, André Scaff também foi detido por cinco horas e pagou fiança de R$ 2,6 mil. Policiais levaram um malote com documentos que estavam na sua sala na Câmara de Campo Grande e levaram o procurador até a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro por porte ilegal de munições, encontradas em sua casa.

No local, foram encontradas 16 munições de calibre 38. Em depoimento, o procurador disse não saber porque portava as munições. Na ocasião, Scaff afirmou que a operação em nada tinha a ver com a Lama Asfáltica ou Coffee Break.


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