Saca da soja se desvaloriza R$ 2,50 em apenas dois dias em algumas praças

Nesta quinta-feira, dia 20, as cotações na Bolsa de Chicago operam em alta, mas não há câmbio devido feriado nacional. Portanto os preços no país não devem ser alterados



Após a Bolsa de Chicago e o câmbio fecharem em queda, os preços da soja no Brasil caíram pelo segundo dia seguido. Algumas praças chegaram a registrar recuo de até R$ 2,50 por saca, como é o caso de Paranaguá (PR). Nesta quinta-feira, dia 20, as cotações internacionais abriram com forte alta de 1%, mas como é feriado no Brasil, não há câmbio e os preços não devem sofrer alterações. 

Segundo a consultoria Safras & Mercado, a quarta-feira (dia 19) foi lenta na comercialização diante da véspera do feriado e do cenário externo e cambial. 

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos que era vendida a R$ 80,50 na segunda-feira, recuou para R$ 79 na última quarta. Na região das Missões, a cotação recuou de R$ 79,50 para R$ 78 a saca. No porto de Rio Grande, o preço passou de R$ 84,50 para R$ 83. 

Em Cascavel, no Paraná, o preço baixou de R$ 77,50 para R$ 76. No porto de Paranaguá (PR), a saca caiu de R$ 84,50 para R$ 82. 

Em Rondonópolis (MT), a saca passou de R$ 72 para R$ 71,50. Em Dourados (MS), a cotação passou de R$ 73,50 para R$ 71. Em Rio Verde (GO), a saca baixou de R$ 72 para R$ 71.

Chicago e câmbio na quarta

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam a quarta-feira com preços mais baixos. O mercado colocou fim a uma série de sete sessões consecutivas de ganhos, quando os preços atingiram os melhores níveis em mais de três meses.

“O clima nos Estados Unidos segue no foco das atenções. Alguns institutos indicam clima menos úmido nos próximos dias, que poderia viabilizar o encerramento dos trabalhos de plantio, bastante atrasados”, diz o analista Luiz Fernando Gutierrez. 

“Já a retomada das negociações entre Washington e Beijing é vista com reservas, pois há dúvidas se realmente vai sair um acordo ainda esse mês”, completa. 

Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com baixa de 10,25 centavos de dólar por libra-peso ou 1,12%, a US$ 9,03 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 9,09 por bushel, com perda de 10,75 centavos de dólar por libra-peso ou 1,16%. 

Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com retração de US$ 5,10 ou 1,58%, a US$ 316,90 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 28,37 centavos de dólar, com alta de 0,04 centavo ou 0,14%. 

O dólar comercial encerrou a sessão em baixa de 0,25%, negociado a R$ 3,8490 para a compra e a R$ 3,8510 para a venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a máxima de R$ 3,8850 e a mínima de R$ 3,8410.

Chicago nesta quinta

Após uma quarta de realização de lucros, os operadores de mercado voltaram a fazer compras, ainda apostando na influência negativa do clima nas produções de soja e milho. 

Os contratos da soja em grão com entrega em julho abriram com forte alta de 9,75 centavos de dólar por libra-peso ou 1,07%, a US$ 9,13 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 9,19 por bushel, com perda de 9,75 centavos de dólar por libra-peso ou 1,07%.

 


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