Juíza nega prisão domiciliar para Jamil Name e destaca poder financeiro

A defesa pediu a conversão da prisão preventiva em domiciliar com base no estado de saúde de Name, que tem 80 anos


Por CG News

Jamil Name está preso na penitenciária federal de Campo Grande, mas destino final é Mossoró. (Foto: Arquivo)

A juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna, da 4ª Vara Criminal de Campo Grande, negou prisão domiciliar ao empresário Jamil Name, 80 anos, alvo em 27 de setembro da operação Omertà. A defesa pediu a conversão da prisão preventiva em domiciliar com base no estado de saúde de Name. Em outras três ocasiões, ele teve pedido de liberdade negado pela Justiça. 

“O requerente é pessoa idosa, com 80 anos de idade, e seu estado de saúde é grave, pois é portador de várias doenças, que inspira cuidados e atenção frequente”, diz defesa, a cargo do advogado Rene Siufi. Laudos médicos foram anexados ao processo.

Ao negar a prisão domiciliar, a juíza pondera que não há nos autos comprovação de que Name esteja extremamente debilitado em decorrência das doenças apontadas, tampouco que o tratamento seja inviável no estabelecimento prisional.

Atualmente, ele cumpre a prisão preventiva na penitenciária federal de Campo Grande, aguardando transferência para unidade em Mossoró (Rio Grande do Norte). A decisão destaca o poder financeiro do empresário e a gravidade das acusações.

“Outrossim, extrai-se dos documentos que instruem a denúncia apresentada em desfavor do requerente, a criação de uma organização criminosa com a finalidade de praticar diversos homicídios pelas variadas motivações, considerada pelo Ministério Público uma verdadeira milícia privada, da qual supostamente faz parte o requerente, apontado inclusive com principal líder, havendo indícios inclusive de ter orquestrado e determinado execuções de Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Fernandes e Matheus Coutinho Xavier”.

26/10/2019 10:58

Juíza nega prisão domiciliar para Jamil Name e destaca poder financeiro

A defesa pediu a conversão da prisão preventiva em domiciliar com base no estado de saúde de Name, que tem 80 anos

Aline dos Santos
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Jamil Name está preso na penitenciária federal de Campo Grande, mas destino final é Mossoró. (Foto: Arquivo)Jamil Name está preso na penitenciária federal de Campo Grande, mas destino final é Mossoró. (Foto: Arquivo)

A juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna, da 4ª Vara Criminal de Campo Grande, negou prisão domiciliar ao empresário Jamil Name, 80 anos, alvo em 27 de setembro da operação Omertà. A defesa pediu a conversão da prisão preventiva em domiciliar com base no estado de saúde de Name. Em outras três ocasiões, ele teve pedido de liberdade negado pela Justiça. 

 

“O requerente é pessoa idosa, com 80 anos de idade, e seu estado de saúde é grave, pois é portador de várias doenças, que inspira cuidados e atenção frequente”, diz defesa, a cargo do advogado Rene Siufi. Laudos médicos foram anexados ao processo.

Ao negar a prisão domiciliar, a juíza pondera que não há nos autos comprovação de que Name esteja extremamente debilitado em decorrência das doenças apontadas, tampouco que o tratamento seja inviável no estabelecimento prisional.

Atualmente, ele cumpre a prisão preventiva na penitenciária federal de Campo Grande, aguardando transferência para unidade em Mossoró (Rio Grande do Norte). A decisão destaca o poder financeiro do empresário e a gravidade das acusações.

“Outrossim, extrai-se dos documentos que instruem a denúncia apresentada em desfavor do requerente, a criação de uma organização criminosa com a finalidade de praticar diversos homicídios pelas variadas motivações, considerada pelo Ministério Público uma verdadeira milícia privada, da qual supostamente faz parte o requerente, apontado inclusive com principal líder, havendo indícios inclusive de ter orquestrado e determinado execuções de Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Fernandes e Matheus Coutinho Xavier”.

Sem defesa – Em outro processo, que trata da transferência de Jamil Name, Jamil Name Filho e dois policiais civis para presídio federal, o juiz Mário José Esbalqueiro Júnior, em substituição legal na 1ª Vara de Execução Penal, destacou que Name Filho não apresentou defesa.

O magistrado deu prazo de três dias para a apresentação de advogado, caso contrário será nomeado um defensor público. O cartório da Vara fez contato com o escritório que defende Jamil Name, sendo a resposta que os advogados não representam o filho do empresário.


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