Desmatamento no Pantanal repercutiu entre os políticos de MS nesta semana

Semana política também foi marcada por confissão de compra de votos no interior de MS



Área desmatada em uma fazenda no Pantanal é equivalente a 1,3 mil campos de futebol. Foto: Marcos Ermínio/Jornal Midiamax

Políticos de Mato Grosso do Sul repercutiram o desmatamento do Pantanal nesta semana, após série de reportagens do Jornal Midiamax. Área equivalente a 1,3 mil campos de futebol foi desmatada por André Luiz dos Santos, o Patrola, e preocupa os parlamentares do Estado.

Patrola comprou uma fazenda gigante na Nhecolândia, uma das regiões mais preservadas do Pantanal em Mato Grosso do Sul, e destruiu tudo para supostamente colocar pasto e criar bovinos. Há suspeita de que o empreiteiro usou dinheiro de contratos investigados por corrupção para realizar as obras.

Na publicação mais recente, desta sexta-feira (30), a reportagem aponta suspeitas de vizinhos e fazendeiros sobre a relação das fazendas compradas pelo empreiteiro e as obras em rodovias em que venceu. Patrola foi alvo da Operação Cascalhos de Areia, assunto entre os políticos de MS na semana passada.

 

Reportagens geraram grupo de investigação

As publicações do Jornal Midiamax geraram um grupo exclusivo para trabalhos relacionados à investigação do desmatamento no Pantanal. A Comissão do Meio Ambiente da Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), presidida pelo deputado Renato Câmara, se reunirá semanalmente para tratar do assunto.

Além disso, o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) será o primeiro convocado pelo grupo. Sobre o desmatamento, Pedro Kemp (PT) acredita que a única esperança para o Pantanal é a legislação federal.

Enquanto Geraldo Resende (PSDB) lamentou pelas 'perdas irreparáveis' ao Pantanal. Para o deputado federal, a bancada de MS deve intervir na situação.

 
 

Já o presidente da Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), Gerson Claro (PP), afirmou que a Casa de Leis irá atuar no caso. O deputado estadual Junior Mochi (MDB) disse que a lei para a proteção do Pantanal existe, porém, não é aplicada.


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