BLINDAGEM POLÍTICA, por Carlos Augusto de Souza


Laguna Informa

 Vou iniciar este texto fazendo menção de uma parte da trilha musical do filme BOPE “osso duro de roer...”. Que palavras eficazes para uma atuação digna de assessores da atual política brasileira!

 

Realmente, atualmente, falar com o eleito após o pleito eleitoral se tornou um verdadeiro martírio. Pobre de quem precisa ou quer trocar algumas palavras com o político eleito.

 

Primeiramente passa pelo “corredor dos interrogatórios” formado por assessores recém-nomeados ou antigos mesmo, mas que esqueceram rapidamente, diga se de passagem, que o cargo que ocupam, devem aos eleitores e aos companheiros políticos que, de alguma forma  ajudaram a eleger  seu atual “chefe”.

 

Pior que a tortura do corredor dos interrogatórios é o descaso e a desconfiança que você é tratado.

 

E é importante “frisar” que a maioria dos atuais assessores, pouco ou nada fizeram e muitos não participaram do processo eleitoral que elegeu o então candidato, agora no exercício do cargo político que você colocou, com seu trabalho e voto.

Mas e aí? O que muda com esta crítica o atual “cenário”? Nada! Esta é a verdade! O importante é que eles estão lá, e vão continuar lá, indiferentes a nosso gosto e insensíveis às nossas vontades.

 

Se caso houver a oportunidade de falar com político eleito e você tecer algum comentário a respeito do comportamento desses seus assessores,  ele com certeza, como bom político vai encontrar uma astuta e matreira desculpa. Entre as quais; compromisso político com alguém, ou com o próprio assessor. Ora, e o compromisso contigo? O compromisso conosco? E o compromisso com o povo? E o compromisso com o bem comum? Com a boa Administração Pública, que, como se sabe, deve se pautar pela EFICIÊNCIA, dentre outros princípios constitucionais da Administração?

 

O pior de tudo, é que pode ser que você esteja “indo lá” levar ou transmitir algo de bom do interesse do político e da população. A trupe de assessores entende que você pode estar à procura de seu “chefe” na “busca” de algum cargo político ou interesse que possa prejudicar qualquer situação que diz respeito a eles.

 

 Que política é um jogo de interesse é indiscutível, entretanto, em quase todo projeto político existem algumas pessoas idealistas com propósitos que vão de encontro com os interesses sociais.

 

Com certeza essas pessoas além de idealistas, são formadores de opinião na comunidade em que vivem, e gozam de boa reputação, pela forma como vivem e se manifestam no meio social. São pessoas de princípios éticos, espirituais e sociais.

 

Também, com certeza eles não se enganaram com o político que eles elegeram. Pois, o sábio busca na máxima “dos males, o menor”, quando não existe o “melhor”. Pois é! É até degradante comentar, mas esta máxima esta se tornando uma constante na política brasileira.

 

Então, resta, a saber, que vamos ter que conviver com uma “blindagem” até o final do mandato do eleito. Mas, com a certeza de que, apesar de ser o tempo efêmero, ele terá todas as respostas necessárias para justificar as atitudes dos “blindadores”.

 

Enquanto decorre o tempo, temos de analisar as atuações de novos líderes e pessoas em nosso seio social. E se julgarmos que estas pessoas aparentemente mostram as qualidades necessárias que entendemos ser útil a nossa sociedade, devemos insuflar neles o interesse de participarem da política. Acredito que se tornarmos este processo seletivo constantemente, teremos a possibilidade de mudar o quadro político brasileiro, ainda que a longo prazo!


Entendemos também, que existem políticos dignos que bem representam o povo. A esses, devemos apoiar e demonstrar nosso apreço.

 

E, aqueles assessores políticos que mostram em suas atitudes, a retidão e dignidade, de seu cargo exige, devemos demostrar também a eles nosso respeito e apreço.


Enfim! Devemos lutar sempre por aquilo e aquele (a) que é nobre, justo e bom para a sociedade! 


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